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A Marquesa de Marvila

Aqui não se aprende nada... Lêem-se coisas escritas por mim, parvoíces na maioria das vezes mas sempre, sempre verdades absolutas (pelo menos para mim).

O restaurante clandestino mais famoso do mundo!

Eu cá não sei se posso dizer isto publicamente e muito menos escrever, mas olhem cá vai e sempre para o vosso bem. Sim, eu Marquesa de Marvila arrisco pena de prisão pelo vosso bem. Depois não se esqueçam de lá ir levar-me bolinhos e castanhas, uns livritos e pagarem a conta da net para eu vos manter a par de tudo, sim?

Então num destes fins-de-semana fui jantar a um restaurante clandestino... xiuuuu... não digam a ninguém! Que só eu, mais as muitas dezenas de pessoas que entravam e saiam, mais uma quantas centenas que passavam na rua, mais os vizinhos isto tudo multiplicado pelos dias do mês vezes os meses do ano multiplicados por uns quantos anos, é que sabemos. Pouca gente, como podem ver.

Há uns anos, num tempo em que aqui a vossa Marquesa saia pelas noites loucas de Lisboa, havia um clandestino onde se comia cachupa, alguém se lembra?... esqueçam, este não tem comparação. Naquele restaurante, em Santos, ou seria Cais do Sodré?, acho que era isso Cais do Sodré... bem para não nos chatearmos, vamos dizer que era a meio caminho. Dizia eu, naquele restaurante, que mais não era do que a verdadeira casa de alguém, entrava-se em silêncio, comia-se com pouco barulho, saia-se como se tinha entrado e eles não abriam a porta a todos. Era uma verdadeira emoção e podia chegar a ramona a qualquer momento e ia tudo dentro.

Neste restaurante onde fui, a porta está aberta, entra-se e sai-se quando se quer, as janelas estão abertas, faz-se barulho à vontade mas é clandestino, é chinês e é no Martim Moniz. Eu gosto mais de lhe chamar ilegal, porque de clandestino deve ter pouco. Acho que é mais aquele sítio que existe, todos sabem que existe, de vez em quando lá devem levar uma multa (ou não! Se é ilegal, e como estamos em Portugal, talvez nem haja enquadramento legal para aquilo)... Bem mas não interessa... O que interessa, meus amigos, é que eu fui lá! E vocês também já devem ter ido, tenho para mim que devia ser a única pessoa em Lisboa, quiçá no mundo, que nunca tinha lá ido.

Aquilo é um refeitório... Sim, um refeitório. Mesas corridas e partilhadas, barulho, gente e mais gente, come-se, bebe-se, fuma-se (isto é chato, pelo menos para mim), tem copos de papel para quem pede vinho ou sangria, para quem, como eu, pediu uma cerveja bebe pela garrafa e é se quer... pratos normais e limpos (sim, eu sou picuinhas), pauzinhos descartáveis, e casas de banho impecavelmente limpas apesar de não terem trinco... é o viver em comunidade, gente!

A comida... A comida é espectacular! Adorei tudo! A melhor massa chinesa que comi na vida, e um tofu (eu sou vegetariana, amigos) divinal. Os meus amigos, que não são vegetarianos, também adoraram as suas gambas e frango e tudo e tudo. A sopa de algas estava muito boa, os crepes eram fantásticos e vegetarianos. Só não tem café nem sobremesa. É ir comer doces e beber café para outra freguesia.

Se a comida é maravilhosa a maior surpresa está guardada para o fim, a conta! 12,5 euros por pessoa já com direito a gorjeta.

Indicações?!... Não posso! É clandestino! Mas, apesar de ainda não ter experimentado, creio que o Google, esse amigo que tudo sabe, deve conseguir dizer-vos onde é. Se não, perguntem a um amigo. Não há alma neste mundo que não tenha, pelo menos, um amigo que já lá tenha ido.

A voltar, sem dúvida!


Ps. Tenho de começar a ser blogger a sério e a tirar fotos da comida para postar aqui... Mas não. Eu sou uma lambona e gosto do convivio com a malta e quando dou por isso já foi!

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