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A Marquesa de Marvila

Aqui não se aprende nada... Lêem-se coisas escritas por mim, parvoíces na maioria das vezes mas sempre, sempre verdades absolutas (pelo menos para mim).

Este texto não é sobre o Festival da Canção (assim, à antiga, mesmo!)... (se calhar até é...)

Eu devo ser a última alma neste burgo que se está mesmo, mesmo borrifando para o Festival da Canção, não fosse o trânsito infernal que está a causar e nem dava por ele... ah! Esperem... dava, dava porque ainda não me refiz do facto de ontem não ter dado a série 1986, na RTP, por causa do Festivalinho da Cançãozinha, ó caraças!

Não, isto não é ressabiamento...

Sou pessoa para não gostar do Festival da Canção. Não é por snobismo ou pedantismo (bem que podia ser, já que sou marquesa e a realeza pode-se dar a essas cenas... mas não!). É mesmo por não ter paciência alguma para programinhas de canções. Nem Festival, nem Ídolos, nem Chuva de Estrelas... Nada! Tudo um pincel do caraças.

Depois, por muito que me esforce, e juro que o faço, faço-o com todas as minhas forças, tento e retento e volto a tentar mas não consigo... deve ser um qualquer defeito de fabrico com o qual nasci que não consigo gostar de músicas do Festival. São todas do pior que há! Tirando a do Salvador Sobral, no ano passado, da Lúcia Moniz, em mil nove e carqueja e os Abba, ainda no tempo em que o Festival se via a preto e branco na TV, tudo o resto é um chorrilho de coisas às quais não consigo chamar música...

A música que representa Portugal este ano... eu sei que vou ferir susceptibilidades, eu sei que toda a alma deste mundo ama de paixão a música, e a simplicidade, e a originalidade e, e, e,.... eh pá, não dá! Não consigo! E sim, já tentei! Já tentei todas as vezes que a música aparece no meu feed de facebook, aqui pelos blogs, na internet em geral, ou seja, a toda a hora. Sempre que a música se me surge à frente eu dou-lhe mais uma oportunidade e tento ouvir... Confesso que raras são as vezes que ouço até ao fim. Não gosto! Não gosto e não gosto! Não vejo ali simplicidade, vejo uma letra que podia ter sido escrita pela minha filha quando ela tinha 6 anos, vejo uma música que... é tão "poucochinha"... e vejo uma jovem a desafinar como se não houvesse amanhã (mas há, amiga! Há amanhã e só por isso não havia necessidade de tanto desafinanço).

A música do ano passado, Amar Pelos Dois, não precisei de ouvir 2 vezes. Logo à primeira, amei! Aquela sim, é uma música maravilhosa, com uma voz irrepreensível, uma letra incrível. E ali sim, consigo ver originalidade, simplicidade e genialidade.

Eu sei que para ter amigos deveria estar a idolatrar a nossa representante deste ano... não dá, pessoas! Não dá! Ainda vos digo mais, tenho para mim que aquela música ganhou para que nós, Portugal, não tivéssemos de organizar o Festival dois anos seguidos, que aquilo dá trabalho e sai caro.

Mas claro que gosto de ter cá o Festival. Tudo o que possa trazer gente ao meu país é bom (sim, sou a favor do turismo), tudo o que nos possa levar lá fora, dar-nos a conhecer, é bom! E claro que ficava contente que a música das moças ganhasse, afinal eu sou portuguesa e como boa portuguesa só a vocês, que também o são, eu confesso que acho a nossa música muito má... Mas quem sou eu para achar alguma coisa? Não entendo nada disso. Não sou erudita, não sou génio, nem música, nem artista, nem nada... apenas uma pessoa comum, fazedora de opinião.

E sim, eu também sei o significado daquela letra. Mas o facto de ser uma homenagem não faz daquela uma letra bonita e bem escrita. Faz da iniciativa uma coisa muito bonita e à qual eu "tiro o chapéu".