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A Marquesa de Marvila

Aqui não se aprende nada... Lêem-se coisas escritas por mim, parvoíces na maioria das vezes mas sempre, sempre verdades absolutas (pelo menos para mim).

Pizzaria Zero Zero, a minha experiência... Vale o que vale, bale?

Há uns dias, num sábado, fomos, eu e o senhor Marquês, jantar fora. Andávamos há tempos para "visitar" a Zero Zero, as bloggers da moda, e as sem ser da moda, falavam que se fartavam desta pizzaria. Confesso que não tínhamos ido mais cedo por dois motivos, a primeira Zero Zero, no Príncipe Real, não nos calha em caminho e "ouvi" dizer, podem ser apenas boatos que não fiz um estudo científico sobre o tema, que é pequena e como tal enche que é um mimo... O segundo motivo prende-se com a segunda Zero Zero, na Expo, local que nos fica em caminho mas que se apresentava sempre cheia e com tempos de espera de 9 semanas e meia (até parece o título de um filme, catano!... e não o tempo de espera não era este mas fica mais giro assim).

Vai daí andávamos há tempos para lá ir... Naquele sábado fomos. Chegámos, esperámos 15 minutos e sentámo-nos para começar a manjar... Vou começar agora a review (Uau, que chique! Quem não conhece este estaminé até pensa que eu sou crítica gastronómica... Não sou nada, pá! Sou apenas uma pessoa comum que vai a restaurantes pensados para pessoas comuns. Uau!!! Talvez fizesse sentido as críticas serem feitas por pessoas como eu... que nada percebem de culinária, apenas de palato e que no fim pagam contas e tudo!... enfim, os clientes.)

Ora, a decoração e o espaço são espectaculares. Adorei. Tudo muito giro, os funcionários super simpáticos e tal... Mas um pouco barulhento, fazia lembrar a Portugália da Almirante Reis há 20 anos, nada contra a Portugália, antes pelo contrário, fui muito feliz lá, mas o conceito esperava-se diferente... com um volume mais ameno.

Sentámo-nos e... Não gostei nada, nada, nada deste momento... Pedimos um vinho e duas pizzas e... guess what? (em estrangeiro tem mais... como direi... tem mais nada, é só parvo... adiante)... O vinho chegou e a menina que no-lo serviu quase esbarrou com a que trazia a pizza... Amigos, não levem a eficiência tão a peito... Não há necessidade! Eu ainda não tinha, palavra de honra que isto foi verdade, levado o copo à boca pela primeira vez quando a jovem nos trouxe as pizzas. Dêem tempo às pessoas para, pelo menos darem um golinho no vinho, sim?... Isto faz o quê? Faz com que acabemos a pizza e tenhamos meia garrafa de vinho para aviar. Não faz com que saiamos de lá mais cedo, bale?

Com a primeira garfada de pizza, sim eu como pizza com garfo e faca, odeio comer com as mãos (eu sou Marquesa, sim?... a ver se nos entendemos neste ponto...) veio o primeiro: Sim, senhor! A massa é mesmo boa! Estaladiça... Deliciosa. Esta sensação manteve-se na segunda, terceira, quarta garfada. A partir daí foi sempre a piorar. Para já, quero alertar-vos para o facto de as pizzas serem gigantes, vai daí demoram um bocadinho a serem comidas... À medida que as pizzas foram ficando frias, a massa estaladiça deu lugar a uma pastilha elástica de difícil deglutição. Não foi bom... Para já não me recordo de ter sentido alguma vez desagrado por ter comido uma pizza que arrefeceu, não gosto de comida fria, é certo, mas também é certo que as pizzas, ou bem que somos o Speedy Gonzalez, ou comem-se devagar e ficam quase sempre frias a determinada altura. Estas ficaram frias rápido e elásticas... Como se estivéssemos a comer uma massa crua e extremamente desagradável. Não gostei!

A sobremesa, sim, tínhamos que acabar o vinho e vai daí pedimos sobremesa, era divinal. Enorme, não peçam duas a não ser que tenham muito espaço estomacal para ocupar. Era um mil-folhas de caramelo com gelado... Maravilhoso! Adorei e o Marquês também.

Se vamos lá voltar?... Acho que não! Há muitas pizzarias excelentes em Lisboa onde a massa não se transforma em pastilha elástica e onde o serviço é mais tranquilo (não tão tranquilo ao ponto de adormecermos, ãh?... Nem tanto ao mar nem tanto à terra, amigos!) Apesar de tudo, quero reiterar que todos, mas todos sem excepção, os funcionários foram de uma simpatia inexcedível, o que me leva a crer que o serviço supersónico é uma política da casa. A massa desiludiu-nos muito, já que é o ex-libris do restaurante... Quente é excelente, fria é uma desgraça.

E vocês, qual a vossa pizzaria favorita?

Desafio das 52 semanas: Semana 13

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Hoje o desafio, não vou falhar o desafio de hoje... yeahhhhh!!!! Viva eu!, é: 

Fico envergonhada quando....

Já dei mais para este peditório do que dou agora... A idade há-de servir para alguma coisa, porra! Mas ainda há coisas que efectivamente me envergonham, não me tiram o sono, mas ainda assim me envergonham, a saber:

1. Em primeiríssimo lugar, destacado, Erros Ortográficos. Considero muito importante saber escrever e falar a minha língua materna e dar erros deixa-me "morta" de vergonha. Muitas vezes esta vergonha é alheia, verdade. Mas como sou humana e vai daí pouco perfeita, também posso ter o meu momento de erro ortográfico e fico possuída. Normalmente dou logo por isso, mas quando eu não der, meus queridos amigos, pelo amor da santa, vocês avisem-me que eu ficar-vos-ei eternamente grata.

2. Vergonha de fazer parte desta espécie. Tenho muitas vezes. Mais do que deveria ser normal. Diariamente me envergonho de pertencer à espécie humana. Não querendo ser moralista, mas tudo o que nós fazemos ao planeta, aos animais, aos nossos pares, é vergonhoso. Acharmo-nos melhores ou superiores a algo ou alguém é tão vergonhoso que quase me leva ao vómito. A sério. 

3. Não fazer o que quero. Ter de estar sempre a contar com a aprovação dos outros. Isto envergonha-me, chateia-me, não me faz feliz, e bem vistas as coisas aos outros também não, e atrasa substancialmente a minha vida. Nada temam, meus amigos, que eu já ando a tratar deste tema para deixar de fazer parte desta lista.

4.Vergonha alheia... Tenho tanta vergonha alheia, não queiram saber... Não que me ache melhor do que os outros, mas porque há pessoas que me envergonham mesmo muito.

Hoje estou pouco inspirada... Ou então sou uma desavergonhada, é o que é! Marquesa de Marvila não tem vergonha na cara! Podia ser o título do Correio da Manhã... Por falar nisso, este jornaleco ainda existe? Ainda há quem goste de vasculhar e conspurcar a vida alheia?... Shame on them (ou lá como se escreve esta porra... Eu só tenho vergonha dos erros de português, dos de inglês não tenho!)!!! Lá está, vergonha! Tenho vergonha de jornalecos, revistecas, pessoecas que conspurcam a vida dos outros, que a expõem, muitas vezes com mentiras, demasiadas com a desgraça alheia.... Não sei se tenho mais vergonha de quem escreve ou se de quem compra...

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Gorduchita, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano

Quando há Google há ovo estrelado!

Ontem tivemos um debate interessante à mesa. A conversa rodou toda à volta do tema, escrever ou não escrever no blog sobre o sucedido... Claro que eu queria escrever, a aspirante 'mai nova ria-se e dizia: Oh mãe escreve!!! Sim, por favor!! - O Marquês e aspirante 'mai velha entre risos nervosos diziam, oh pá nãaaaoooo!!!!

Eu, incrédula, duvidava da veracidade do me contavam e não queria correr o risco de estar a escrever sobre uma mentira... Confesso que ainda hoje duvido da veracidade do que eles dizem ter acontecido, mas pensando bem e conhecendo a minha família rendi-me às evidências: O que será deles sem mim?!....

Pois que no Domingo, na minha ausência e na ausência da aspirante 'mai nova (não que ela fosse uma grande ajuda para eles), as duas almas restantes desta família, a saber: Marquês e aspirante 'mai velha, tiveram de estrelar ovos com salsichas... Ora, salsichas (de soja, para saibam) é só tirar da lata e até se podem comer mesmo assim, já estrelar um ovo requer toda uma ciência que os aristocratas que habitam este palácio (à excepção da minha pessoa, que sou excêntrica) desconhecem... Eles não têm estudos suficientes que lhes permita estrelar um ovo...  

E vai daí o que decidiram fazer?... Foram ao Google!!!!  Vero! Verdade, verdadinha! Duas almas, uma com 14 anos e outra com 42 anos não faziam ideia de como se estrela um ovo... Eu não queria acreditar (ainda não quero!) que dois elementos da minha família foram googlar a difícil arte de estrelar um ovo...

Ah e tal, estás a habituá-los mal... a mulher não tem de fazer tudo em casa, e emancipação femin.... Parou! Parou tudo! Eu sou totalmente a favor da igualdade de géneros e também de optimizar as competências de cada um. Cá em casa ninguém, e reitero, ninguém, nenhum de nós (à excepção da cadela, talvez, que faz a sua cama todos os dias) tem vocação para as tarefas domésticas... Na arte de não pegar fogo à cozinha e de fazer qualquer coisa comestível cozinhar quem se safa melhor sou eu, que não preciso de ir ao Google para estrelar um ovo (já para fazer quinoa... bem, adiante!)... e depois há um Marquês que faz coisas que eu, normalmente, não faço como compras de supermercado, apanhar a roupa, varrer e aspirar, arrumar (ele tem esta arte muito mais apurada do que eu! E nisto não há Google que me safe... raios!)... As aspirantes vão fazendo outras coisas, verdade que deveriam fazer muito mais, mea culpa!

Bem, retomemos e vejamos o lado bom da coisa: Comeram o ovo estrelado e não, atentem, não pegaram fogo à cozinha nem tampouco à frigideira!!! Yeahhhhhh!!!! Aleluia, irmãos!! Obrigada, amigo Google!

Desafio das 52 semanas: Semana 12

Falhei! Falhei redondamente ao não publicar o post de sexta-feira. Estou chateada. Quero levar isto a sério mas não está a ser fácil... Porquê? Perguntam vocês... (Não perguntam nada mas eu faço de conta que sim). Porque não tenho coragem para levar isto mais a sério e prá frente, essa é que é essa. E depois arranjo desculpas... Um clássico!

Bem, mas voltemos ao desafio de sexta-feira e que eu falhei: Coisas para fazer no frio...

Eh pá... deixa lá ver... nada! O frio devia ser abolido por decreto! detesto frio, sofro com o frio e o frio faz de mim uma pessoa pior e mais sofredora.

Mas como não posso deixar de viver durante o frio, aquilo que me ocorre de mais perfeito para fazer é hibernar. Os ursos são seres sábios e de uma supremacia sem precedentes. Ah, os humanos estão no topo da cadeia e são os seres mais inteligentes e o camandro... O caraças é que é! Os ursos não nos dão qualquer hipótese no que toca à esperteza, meus amigos. Nananina não! Eles é que sabem o que é bom quando o frio aperta.

Está bem que eu dispenso a parte de dormir num buraco qualquer no meio da floresta, que aquilo deve ser desconfortável. Prefiro a minha caminha, fofinha, quentinha... E é tudo! Como podem ver eu sou 'soa de gostos simples, basta-me a minha caminha no Inverno para eu poder dormir até vir o calorzinho, 'mai nada!

Não entendo, amigos, juro que não entendo quem paga, por vezes fortunas, para ir para a neve... Cruzes, credo, senhores, que gelo que aquilo é... Ah e tal, mas é chique. Pois é, ir para as Maldivas também é e o tempo está mais ameno.


Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Gorduchita, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano

O Universo a reinar connosco...

Hoje comi uma fatia de salame, raisparta eu!

Eu não posso, ou não devo, comer açúcares. Para além de fazerem mal engordam, só coisas más, como podem ver... Então para quê que comes?... Porque sabe tãaaaaooooo bemmmm.... Mas depois faz tãaaaaooooo mallllll... E pronto, aqui se podia resumir a minha vida. Uma dicotomia entre o que sabe bem e o que faz mal.

Quando se diz, "ah e tal... o Universo é perfeito, e coiso...". Não, não é meus amigos. Se fosse perfeito, perfeito mesmo, não havia coisas que sabem bem mas fazem mal, o que é aliás quase tudo, raisparta. Quase tudo o que sabe bem faz mal à saúde, porra! O que há de perfeição nisto?... Nada! Nada! Niente! Nicles!... É uma merda, é o que é!

E agora que comi o salame e que já me soube bem desejava não o ter comido. Agora se me aparecesse uma fatia de salame à frente do nariz, ou melhor, da boca eu não a comia... Porquê?... Porque já a comi e como tal estou enfartada satisfeita. É isto! Agora estou capaz de jurar que nunca mais na vida como uma fatia de salame... Mas não o faço! E porquê? Porque eu não gosto de mentir. Mentir é feio, pessoas.

Agora dói-me o estômago... "Agora não me adianta nada queixares-te... Já emborcaste o salame, agora aguenta-te Marquesa. Bem feita para não seres lambona." - Isto é o meu grilo falante a dar-me najorelhas.

Voltando ao princípio, o Universo é o maior humorista da história da humanidade (eh pá, tanto "h" junto, caraças). Até o estou a ver lá no terra dele, a rir e a pensar alto: "Ai gostas? Ai sabe-te bem o chocolatinho, sabe? Então toma lá mais 5 quilogramas nas ancas e diabeteszinhos para afinares", ou então "Vai um cigarrinho vai? Vá lá, sabe-te tão bem, alivia-te o stress, entretém-te, tão bom não é? Pois... olha, olha o teu coraçãozinho a falhar". Não é justo, catano! Não é! Sabe bem, é bom, não deveria fazer mal, porra! Vamos fazer um abaixo assinado para acabar com esta merda!

Já disse muitas asneira num só post, as injustiças dão cabo de mim, caraças!


1, 2, 3... 1804 drunfos em 5 meses...

Comecei ontem a nova medicação. O relato podia acabar por aqui, mas não! Se acabasse eu não seria a Marquesa de Marvila.

Quem me conhece sabe, e quem não me conhece também já vai sabendo, que eu odeio, odeio mesmo de não gostar nadica de nada, tomar medicamentos. Acho que foi por isso que não me tornei toxicodependente. Isso e medo de morrer, vá.

Neste preciso momento sinto-me idosa, sim, eu sei que não vou para nova, vocês também não, temos pena... Mas sinto-me mais idosa do que me sentia antes da medicação. Porquê? Bem, a modos que tenho de tomar  comprimidos ao pequeno-almoço, 3 ao almoço, 2 ao jantar e 1 ao deitar... E ainda me faltam comprar mais 2 medicamentos. Nas horas vagas pode ser que tenha tempo para fazer outras coisas, quiçá. Com alguma organização, entre um comprimido e outro sou capaz de conseguir ir fazer xixi, escrever qualquer coisa rápida e até, na loucura, sou capaz de conseguir trabalhar qualquer coisa, tipo 10 minutos. Pode ser, vocês atentem, pode ser que até arranje tempo para dormir. Uau!!! Sou ou não uma super-marquesa?

O Marquês diz que me vai comprar uma caixinha com os horários para os drunfos... diz que as há bem jeitosas na loja do chinês. Pode ser que ele seja um querido e me ofereça uma pelos anos... Ah ! Espera... só faço anos em Setembro o que significa que até lá, e a manter-se assim, até lá já terei tomado 1804 comprimidos. Porra! Fora os que tomarei para uma dor de cabeça ou outra... Fónix! Em 5 meses e uns trocos vou tomar mais drufos do que já tomei toda a vida.

E que tal te sentes, Marquesa?... Errrrr.... como direi... sinto-me idosa... sinto a cabeça zonza, vazia (Podem parar com a risota, não teve graça, ok? Não se goza com os doentes... Ahahhhahahah!!! Gozem lá à vontade, masé! Que eu faço o mesmo.)... e ainda me falta tomar uns drunfos que diz que podem ter alguns efeitos secundários, tais como insónias... 'soas da minha vida, amanhã estarei imprópria para consumo, caso se me dê as insónias, ó caraças. É que se eu não durmo sou pessoa para me tornar agressiva, violenta ou monstruosa... ou então não. Fico mais tipo zombie, incapaz de me mexer... Diz também que estes efeitos secundários passam ao fim de uns dias... a ver vamos... Já vos disse que odeio tomar medicamentos? Mas diz que é para ver se o raio da síndrome entra em remissão.

Diz também que quando os medicamentos começarem a fazer efeito, daqui a uns tempinhos curtos, espero eu, vou começar uma nova alimentação, rigorosíssima... ahahahhahahahahah!!!!! Quer-me parecer que é nessa altura que eu vou desejar os comprimidos... Porra! Não basta ter uma merda de uma doença crónica ainda vou ter de deixar de comer coisas "boas", vá saborosas...

Diz que a malta demora cerca de 2 anos a aprender a viver com uma doença crónica, eu ainda só a estou a viver há 9 meses... Está quase!!! Temos de ser optimistas....




Fui ao Portugal Fashion, catano!

Então conta-nos lá tudo o que andaste a fazer no fim-de-semana, querida Marquesa? (o querida foi uma invenção minha, vocês ficam-se pelo Marquesa que eu sei!)

Ai, ainda bem que perguntam... nem sei se vos diga se vos conte... Foi um "xitex"... então não é que aqui a vossa querida Marquesa foi convidada para ir ao Portugal Fashion, em Lisboa (que o original é do Porto, mas também cá vêm dar uma "perninha")... Ah pois é... Pensavam que este palácio aqui era uma chafarica a cair de podre, com nobreza decadente, era?... Também eu! Mas enganámo-nos todos! Pelos vistos há quem nos tenha em melhor conta do que nós próprios... E vai daí fui convidada para lá ir assistir a um desfile!

E eu fui! Que chique!...

E não pensem que fui convidada por uma prima que lá trabalha nos bastidores e que de tão assídua e dedicada lhe ofereceram uns convites para a família... nada disso!! Até porque não conheço ninguém que por lá trabalhe, é pena! Quem me convidou foi mesmo o estilista!! Uau!!!! Que chiquesa... Aposto que agora querem todos ser meus amigos e vir tomar chá cá ao palácio... Aposto que agora já não dizem que a nobreza está decadente e bolorenta a cheirar a mofo... ah pois é...

Sambando na cara dajinimigas... oh, yeahhh!!!!

Bem, agora que já subi (de elevador) uns andares na escala hierárquico-nobiliárquica, vamos a descrições.

Pois que fui convidada pelo estilista, não vou dizer qual porque depois não podia continuar este texto e vocês em geral e o mundo em particular (eu agora que sou chique digo como me apetecer, não me macem!) merecem saber o que por lá vi.

Bem, fui convidada. Primeira reação: Yeahhhhh!!!!!.... Segunda reacção: Se calhar enganou-se na pessoa a convidar.... Terceira reacção: O que é que eu visto, senhores?!?..... Ultrapassadas todas estas questões, até porque à segunda reacção recebi uma mensagem a dizer que o meu nome já constava da Guest List (ai que chique, senhores, que chique), vestida a minha roupinha... Não vesti a minha melhor roupa pois recusei-me a ir de vestido de noiva, que esse é só para ocasiões muito especiais.

E ainda bem que não vesti o meu melhor outfitt já que havia lá malta de pijama e outros de pantufas, pior que isto só uma alma que, coitada deve ter sido invitada por engano como eu, e nem pijama tinha e vai daí levou a t-shirt de dormir... O que vale é que o Portugal Fashion tem mente aberta e um coração gigante e abre as portas a todos, indiferente ao trapinho que tragam vestido... Talvez seja uma estratégia de venda de roupa... Não sei!

Então lá fui eu, mais o Marquês, e não é que o nosso nome estava mesmo na Guest List!?!?... Ai que emoção! Quase desfaleci... Quase! Não desfaleci porque vi logo que havia imperiais à borla, e vodcka e gin, e tudo e tudo, mas.... nem um "minuim", senhores, nem um croquete, nem um tremoço... uma pevide... chiça, e eu a malta cheia de fome...

Começa o desfile... Tudo muito lindo e tal... mas e as piquenas?... Oh Jesus, credo cruzes... Eu estava com algum receio de ter de lá ir amparar alguma.... As piquenas bambaleavam-se em cima dos saltos, capazes de fazer uma contractura muscular a qualquer momento, num equilíbrio digno de um Cirque du Soleil. Sabem quando os homens resolvem inventar e calçam uns saltos vertiginosos?... Sim?!... Era mais ou menos isso mas para pior. Umas pareciam as minhas filhas quando tinham 4 anos e iam calçar os meus sapatos, a andar com os joelhos dobrados e o rabo para trás para não caírem... Juro!

E a grossura delas?!... Aposto que para algumas o índice de massa (não interessa qual, magra, gorda, óssea, o que quiserem...) era abaixo de zero, algumas existiam apenas porque a sua energia era ligeiramente mais densa do que o ar... Uma coisa muito feia de se ver. Não pelo factor estético (esse era inquestionável de feio, não me lixem!!!), mas pela saúde. Não me vou armar em paternalista, até porque nem há lugar para isso, aquilo que eu vi é efectivamente assustador. Pensava eu, na minha inocência, que já não seria permitido contratar modelos piquena assim (não lhes consigo chamar modelos, porque modelos implica serem representativas de algo bom, e não são.). Não, não estou a falar de raparigas magras. Estou a falar de pessoas cujo esqueleto está em evidência.

Pergunto-me qual será o objectivo destes criadores? As roupas caem mal em pessoas daquela envergadura, o comum dos mortais pensa: Se lhe caem mal a elas o que dirá a mim?!....

Não compreendo o objectivo.

As roupitas... eram sofríveis! Já vi melhor, já vi pior. Valeu pela experiência que, by the way, adorava repetir. Mas da próxima levo "minuins" na mala para acompanhar a "jola", e levo a aspirante mai'velha que ficou amuada por não ir.

Desafio das52 semanas: Semana 11

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Voltamos à minha infância! De vez em quando é bom lá voltar, recordar, sentir de novo algumas emoções, cheiros, cores, sons e pessoas...

Os meus brinquedos favoritos na infância eram:

Eu brincava imenso da rua, vivia em Lisboa, numa Vila, conhecia todos desde que nasci, éramos como uma "família" gigante. Havia miúdos da minha idade e brincávamos na rua. Na vila, onde todos se conheciam, era comum lancharmos em casa uns dos outros, passarmos lá o dia, em dias de chuva, e ouvir ao longe mas suficientemente alto para nos pôr a correr para casa: - Oohhhhhh Paaaauuuullllo (ou outro nome qualquer), anda para casa!; E um de nós dizia: - A tua mãe está-te a chamar; Caso ele(a) não reagisse imediatamente ao chamado.

Brincávamos às escondidas, à apanhada, andávamos de patins, tínhamos um parque infantil, construído pelos moradores, com baloiços, escorrega (que queimava o rabo às meninas que se atreviam a descê-lo de saias. Era de metal e apanhava sol toda a tarde... Um mimo!), balancé, tínhamos um ringue, para jogar à bola, saltar ao elástico, andar de patins e fazer bailes de Santo António em Junho. Esta era a altura do ano mais esperada por todos nós. Altura em que ajudávamos os adultos a acartar, montar, vender, em que ficávamos a pé e na rua até à 1 da manhã... A nossa maior ansiedade era saber se ia haver baile. Em Maio, andávamos atrás dos adultos a perguntar: Este ano há baile? (houve anos em que não houve... cenas de adultos que não se chegavam à frente para tratar de tudo), e a nossa maior alegria era ver o toldo a ser montado (um dia deixou de haver toldo, os moradores construíram um telhado de chapa para que pudesse haver baile todos os anos)... Nesse momento um de nós corria a avisar todos os outros: - Vai haver baile!!!! Yeahhhhhh!!!!!

Tínhamos as "terras", sim era terra mesmo, jogávamos ao berlinde, saltávamos à macaca, andávamos de bicicleta. Foi nas "terras" no meio de pedras, pedregulhos, terra e desníveis que aprendi a andar de bicicleta com a ajuda do meu tio-avô.

Havia cães, osgas, cobras e lagartos. Sim, cobras em Lisboa! Só vi uma, mentira... duas, uma viva e outra que o meu cão fez o favor de matar e trazer para casa de presente. Como nós, os cães também eram livres, iam à rua sem ninguém a prendê-los, ladravam a desconhecidos (e alguns a conhecidos ) e tomavam conta da vila e do seu pessoal. Havia gatos também, e alguns cães tentavam dar cabo deles... Havia zaragatas de cães e gatos e de pessoas também.

Todos vinham ver quando havia zaragatas, uns tomavam partido de uns e outros de outros e às tantas estava tudo a gritar, uma festa!!! Nós, crianças, riamo-nos e mesmo quando os adultos nos tentavam incluir nas suas zaragatas nós não deixávamos.

Havia "figuras", "personagens" e "momentos" únicos... Como o dia em que um vizinho, após um tremor de terra (que ainda deitou abaixo uma chaminé e fez aquilo abanar tudo) foi para o carro ler o jornal e de lá não saiu todo o dia. Ninguém sabe porquê... Uns diziam que estava bêbado, outros que era doido, outros nada diziam... Ele lá deverá saber porquê, eu não!

Havia o padeiro, nunca soube se era só alcunha ou se vendia mesmo pão, porque se o fazia era longe da vila, e era ele quem matava tudo o que era cobra que aparecia por lá;

Havia o "dos plásticos", que vendia plásticos e tinha uma carrinha sempre cheia de alguidares, baldes e caixas;

Havia o "das pedras" que vendia e trabalhava o mármore;

Havia o "do papagaio" que era o feliz proprietário de um papagaio que morava à entrada da vila e dava conta de tudo;

Havia a senhora (que não vou dizer o nome) que vendia refrigerantes e alguns acepipes (não, não eram ilícitos) tais como batatas fritas, codornizes fritas e caracóis à janela... Ainda não havia a ASAE. E, à janela também, cosia meias;

Havia a mulher que morava sozinha e que assustava tudo o que era criança naquela vila, ninguém se atrevia a passar à porta dela, corriam boatos de que ela batia e podia mesmo matar crianças... Não há provas disto mas o nosso medo era real. Um dia ela passou por mim e disse-me "olá" e eu desatei a correr para casa como se não houvesse amanhã... Quem sabe se eu lá tivesse ficado não houvesse mesmo... Agora que penso nisso talvez esteja na hora de agradecer às minhas pernas estar hoje aqui a escrever este post;

Havia os que não se falavam e ninguém sabia porquê, acho que nem eles;

Havia a "desgraçada" que acabava sempre com um vidro partido por uma bola, mas havia sempre um "jeitoso" que lá ia colocar-lhe um vidro novo;

Havia casas de banho construídas em cozinhas por um vizinho que tinha jeito para a construção mas cuja profissão era motorista;

Havia ainda o cão gordo, que dormia longas sestas ao sol, à porta de casa e que me ladrava, como se me quisesse matar (ele queria, eu sei que ele queria) e eu, quando vinha da escola, antes de passar por ele (mas à vista e boca de semear dele), gritava pela minha avó ou por alguma vizinha... É claro que se houvesse alguém à janela o cão não me iria morder, parece que são parvos... O cão, de gordo e preguiçoso que era (não vou dizer o nome dele, que ainda hoje sei, porque respeito a privacidade do bichinho) só ladrava mesmo quando alguém passava por ele, podíamos estar a 2 ou 3 metros antes dele, mas ele só ladrava quando por ele passávamos;

Havia momentos de tédio, em que não estava ninguém na rua e em que um de nós aproveitava para comer um gelado sentado à porta (não fosse aparecer alguém) e a dividi-lo com o cão... ora lambo eu ora lambes tu... Não fui eu, mas fui a primeira a chegar e a assistir à cena;

Havia os tanques de lavar roupa e os estendais na rua, e havia sempre uma vizinha que gritava "Oh vizinhaaaa, está a chover..." para que todos pudessem ir apanhar a sua roupa antes do dilúvio;

Havia a vizinha que criava coelhos e galinhas, os que tinham uma hortita com 2 ou 3 couves e 1 alface;

Havia duas escolas, a escola do "padre" e a escola 20. Claro que a escola do "padre" não se chamava assim, deve-se esta "alcunha" ao seu proprietário ter sido um padre que abandonou o sacerdócio por amor (a nossa vila tinha histórias de amor dignas de Eça de Queirós), e eu fui aluna da sua mulher, a professora primária. Hoje a escola está fechada, tal como a escola 20 que hoje é um espaço hipsterócoiso, com cenas "culturais" (sem desprimor para o que lá se faz mas com muita tristeza pelo desprezo sociológico-cultural e patrimonial daquele espaço). Estas duas escolas partilhavam o mesmo palácio. Sim, a nossa vila tinha um palácio com azulejos maravilhosos, que está tristemente abandonado e a cair. Ainda hoje consigo sentir o cheiro da minha escola, daquele palácio.

Havia união e solidariedade em tempos de crise, quando a doença, a morte ou qualquer outra desgraça se abatia sobre uma das nossas famílias, mesmo quando as famílias andavam zangadas;

Havia a catequista que, para além da catequese na igreja, dava aulas privadas de catequese em casa;

Havia mexericos, boatos, beatos, bêbados, puros, inocentes, arreliados, gentis, zangados, tristes e alegres, porque havia pessoas. Pessoas genuínas com quem eu tive o gigante privilégio de ter partilhado a vida, experiências e aprendizagens...

Havia sempre a possibilidade de por ali andarmos, mesmo que os nossos pais não estivessem em casa, ou porque foram trabalhar ou porque foram às compras, que havia sempre, sempre quem tomasse conta de nós;

E havia sempre a certeza de estarmos bem entregues, seguros e felizes.

Havia o maior castigo de todos e pergunta feita a medo, com pânico da resposta: Posso ir brincar para a rua?... O castigo já vocês sabem qual era... a resposta: Não!... Aqui havia sempre um de nós que se munia de tudo e ia pedir, suplicar se fosse caso disso, ao pai/mãe/tia/avó, que deixasse aquele de nós ir brincar para a rua. Nenhum de nós brincava feliz se outro estivesse em casa de castigo. E quando o pai/mãe/tia/avó, era irredutível, o de nós que estava de castigo ficava à janela e os outros brincavam ali perto, numa partilha.

Digo havia, com muita tristeza, porque hoje já não há! A vila ainda lá está, sem parque infantil, sem ringue, sem bailes, quase sem pessoas e sem crianças... Um legado cultural que está destruído, um espaço que está a aguardar ficar totalmente devoluto para, provavelmente, ser vendido e ali se fazer mais um mega condomínio... E assim se enterra um pouquinho do que é, também, ser Lisboeta.

Claro que tinha brinquedos, mas ficavam em casa, excepto o elástico, os patins e a bicicleta... Também tinha uma trotineta e esta ia para a rua comigo.

Claro que, a esta hora, se houver por aí alguém que me leia e tenha vivido nesta vila sabe bem a que vila me refiro, só não sabe quem eu sou!  E, caso me estejam a ler, quero que saibam que vos sou eternamente grata por terem feito parte da minha vida.

 

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Gorduchita, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano

A minha mama é melhor do que a tua!

Pelo mundo cibernético, ou lá como se chama este mundo virtual que cada vez é menos virtual e se torna assustadoramente real... ou não... Mas isto agora são filosofias para outras núpcias. Agora não me apetece!

Dizia eu, navegando (imagino-me sempre a bordo de um cruzeiro, com calor e sol, piñas coladas e.... acorda, pá!) pelo mundo cibernético, principalmente por blogs de mães fofosócoiso, ou em grupos de mães (fujam, senhores!! Fujam... que ao fim de 3 segundos e meio têm de se internar voluntariamente caso por lá fiquem!... Eu estou a avisar!) verifico com alguma angústia a "ditadura da mama". Sim, está bem escrito, é mesmo mama e não mamã. Mama, seio, peito... o que quiserem, diz que o correcto é mesmo mama. 

Mas vamos ao que interessa. Angustia-me sobejamente que haja quem escreva que "dar de mamar é a maior prova de amor que uma mãe pode dar", ou "dar de mamar cria laços com os filhos como nenhuma outra coisa...", só de citar já se me está a arrepiar a espinha e os cabelos começaram numa elevação sem precedentes. E quem não pode? Quem não quer? Quem não consegue? Quando os bebés não querem?... Será menos mãe? Amará menos os filhos? Nunca terá uma ligação forte e inabalável com os filhos?...

Eu dei de mamar, às duas, a primeira foi a custo e sofri muito por não estarmos a conseguir. Sim, estarmos. Eu e ela. Ela não "pegava" na mama nem que lhe pagassem, recusava, chorava, esperneava, tinha fome. Dei-lhe leite de fórmula, não ia deixar a minha filha passar fome, mesmo que isso me fizesse "menos mãe", mesmo que estivesse a arriscar uma "não ligação com ela", mesmo que lhe estivesse a dizer "eu não te amo assim tanto...". Pára tudo! Pára tudo agora e já! No meu sofrimento, dar-lhe leite de fórmula foi a maior prova de amor que eu lhe poderia dar, não a deixar passar fome foi uma prova de amor, gastar quase 20 euros numa lata de leite, mais biberões, tetinas, esterilizador, etc, etc... Só pode ser uma prova de amor. Mais tarde começou a mamar, e não! Não quebrámos nenhum laço que existisse entre nós, fortificámo-lo. Porque amar e ser mãe não se limita a dar-lhes mama.

E quem não pode?... Pensarão estas iluminadas nas mães que, por inúmeros motivos, não podem dar de mamar?... Haverá um pingo de amor e compaixão nas mamas nos corações destas pessoas quando debitam tamanhas alarvidades?... Tenho dúvidas! Também pode ser apenas parvoíce pura e não falta de amor, afinal quem amamenta ama mais do que as outras, certo?... Uma das minhas irmãs, por exemplo, não pôde dar de mamar. Porquê?!?!.... Gritam do fundo das suas almas a mamãs amamentadeiras convictas... Porquê que não consultou uma especialista em amamentação?... Porque não podia! Porque o meu sobrinho desenvolveu uma alergia enorme a algo, que ainda não se sabe bem o que é, e como não havia forma de se saber por ele ser mínimo, teve de ser alimentado a leite de fórmula especial de corrida. E acreditem pessoas, a minha imã preferiria dar de mamar a dar 40 euros por uma lata de leite que dava para 3 dias. Sim, era um ordenado em leite e não havia comparticipação (não me perguntem como faria quem não tem mesmo hipótese de pagar... angustia-me imaginar!).

Outra das minhas irmãs também não amamentou. Não quis! Tentou, desesperou, angustiou, pôs de lado e muito bem! Não é pior nem melhor mãe por isso, mas é, com toda a certeza uma mãe mais feliz. E uma mãe mais feliz faz crianças mais felizes. Engraçado, não é?

Não estou a pôr em causa que o leite materno é o melhor para as crianças, que é inquestionável os benefícios ao nível da saúde, da prevenção de alergias e outras doenças, que reforça a imunidade, e que até ajuda a recuperação materna no pós-parto. Estamos todos de acordo. Mas o ser humano não se resume ao físico. É muito mais do que isso. E não! Eu não acredito que quem não amamenta ama menos os filhos ou tem uma relação menos forte com eles.

Mães que não amamentam, vocês são as maiores! 
Mães que amamentam, vocês são as maiores, mas deixem de melgar quem não o faz!

Tudo o que é maluco vem parar cá ao palácio...

Já dizia o "outro" (esse grande filósofo) que maluco atrai maluco... Não sei quem começou esta epopeia de insanidade aqui pelo palácio, se fui eu ou o marquês, o que é certo é que se espalhou que nem uma praga incontrolável...

Pois que agora a Exma. Sra. Dona Cadela está com uma gravidez psicológica, ó caraças!...

É vê-la a andar sempre com duas bolas de um lado para o outro, diz que são os filhos, a fazer ninhos por tudo quanto é canto, sempre encolhida, sem apetite e com "olhos de carneiro mal morto"...  Se nos aproximamos muito e rapidamente, com movimentos bruscos, dos seus "filhos", rosna.

O que me havia de calhar, senhores... Anda-me a cadela pela casa fora, para onde vai leva uma bola, pousa-a e sai a correr para ir buscar a outra... Se calha a fecharmos uma porta e a bola fica do lado de lá, chora a desgraçada... E ainda é vê-la a tentar pegar nas duas bolas ao mesmo tempo. Ela Lambe-as, ela olha para elas (deve ser para ver se são parecidas com ela ou com o pai imaginário...), ela tapa-as com a manta.

Num dos seus momentos de mãe-psicológica-arquitecta-decoradoradeinteriores, deu cabo de um sofá... "Esfrangalhou" as almofadas do dito e fez um belo ninho de espuma...

O lado bom disto é que os "filhos" não roem, não fazem xi-xi, nem cocó e não comem... Uns santos! 

Eu vou só ali tomar as gotas que está na hora...Aproveito e talvez dê umas à cadela...

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