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A Marquesa de Marvila

Aqui não se aprende nada... Lêem-se coisas escritas por mim, parvoíces na maioria das vezes mas sempre, sempre verdades absolutas (pelo menos para mim).

Tudo o que é maluco vem parar cá ao palácio...

Já dizia o "outro" (esse grande filósofo) que maluco atrai maluco... Não sei quem começou esta epopeia de insanidade aqui pelo palácio, se fui eu ou o marquês, o que é certo é que se espalhou que nem uma praga incontrolável...

Pois que agora a Exma. Sra. Dona Cadela está com uma gravidez psicológica, ó caraças!...

É vê-la a andar sempre com duas bolas de um lado para o outro, diz que são os filhos, a fazer ninhos por tudo quanto é canto, sempre encolhida, sem apetite e com "olhos de carneiro mal morto"...  Se nos aproximamos muito e rapidamente, com movimentos bruscos, dos seus "filhos", rosna.

O que me havia de calhar, senhores... Anda-me a cadela pela casa fora, para onde vai leva uma bola, pousa-a e sai a correr para ir buscar a outra... Se calha a fecharmos uma porta e a bola fica do lado de lá, chora a desgraçada... E ainda é vê-la a tentar pegar nas duas bolas ao mesmo tempo. Ela Lambe-as, ela olha para elas (deve ser para ver se são parecidas com ela ou com o pai imaginário...), ela tapa-as com a manta.

Num dos seus momentos de mãe-psicológica-arquitecta-decoradoradeinteriores, deu cabo de um sofá... "Esfrangalhou" as almofadas do dito e fez um belo ninho de espuma...

O lado bom disto é que os "filhos" não roem, não fazem xi-xi, nem cocó e não comem... Uns santos! 

Eu vou só ali tomar as gotas que está na hora...Aproveito e talvez dê umas à cadela...

Nós amamos a cadela! Literalmente!

Todos os dia te afago!


Todos dias te dou comida, te faço festas, te irrito, te ralho, te digo que te amo e que és a "mai linda" do mundo!
Todos os dias me olhas, me foges, me trazes o teu brinquedo, me pedes comida, me suplicas por uma migalha (mesmo tendo acabado de comer) como se não comesses há 3 dias, me lambes, me fintas, me fazes perder a paciência (ou quase), me derretes o coração quando te deitas tão junto a mim que quase posso jurar (sem garantias, lá está) que estás ao meu colo!

 

Todos os dias penso no bem que fizemos, naquele 29 de Novembro de 2015, em trazer-te para casa quando estavas desesperada a pedir a todos os que passavam na rua que te olhassem e te levassem... Bem, todos os dias penso nisto mas intervalado com momentos curtos, curtíssimos, de 2 segundos, de arrependimento. Aqueles momentos, cada vez mais raros graças ao teu treinador, nosso anjo, que nos ajudou a ajudar-te, em que te passas e corres pela casa como louca, que resolves ler um livro ou ouvir um cd (sim, porque é isso que queres fazer quando os destróis completamente!... Ai! O teu mais que amigo e tutor cá de casa teve tanta vez vontade de te rifar - ninguém compraria as rifas, eu sei - quando chegava a casa e se deparava com os seus cd's e dvd's de colecção irrecuperavelmente estragados).

 

És a maior! Tudo somado e subtraído é sempre mais o que nos dás do que o que nos tiras. E afinal de contas já não há mais cd's, nem dvd's de colecção, e os livros não te estão acessíveis, para estragares.

 

Amamos-te! Sim, a ti que és um cão! Ou cadela, neste caso!

 

Feliz dia do animal para ti e para todos os animais do mundo, em especial os que sofrem e os que fazem sofrer (sim, eu sei que só os humanos fazem sofrer os outros, é desses animais que estou a falar!).

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