Desafio das 52 semanas: Semana 16 (parvos, touros e outros animais)
Já vem sendo hábito, e vocês aí em pulgas, à espera, desesperados, capazes de passar o fim-de-semana em prantos, eu chegar atrasada... Mas chego, amigos! Mas chego!...
Ora, vou-me deixar de promessas, que agora é que é, que a partir de agora vou escrever todos os dias e tudo e tudo, pois assim não vou falhar... Sim, sou esperta, eu sei! Se não me comprometo não falho!
Bem o desafio de sexta-feira passada é:
Isto, para mim, não é diversão:
E agora poderia fica aqui a dissertar durante 1 mês e picos, mas vocês não querem isso, certo?
Há muita coisa que para mim não é brincadeira, ou diversão, como queiram... Por outro lado, acho que se pode fazer humor com tudo. Sim tudo, mesmo! O humor não ofende, porque o humor não é pessoal.
1. Quando uma pessoa, escudada atrás da brincadeira (ou do: Eu sou muito sincera e digo tudo o que penso!... Não amiga(o) tu és é parva(o)! Só os parvos é que dizem tudo o que pensam, pá!), magoa outra isto não pode ser uma diversão. Eu tenho uma regra, e como sou uma jóia de pessoa vou partilhar convosco, primeiro penso (regra básica e que muita gente tem dificuldade em pôr em prática) se aquilo que eu tenho para dizer serve/ajuda/contribui para a outra pessoa ou se, pelo contrário, serve apenas para mim, para eu "dar a ferroada", para eu pôr o meu ego a bater palminhas... A maior parte das vezes, calo-me!
Há muitas mais coisas que para mim não são diversão, Bullying (vai de encontro ao que partilhei no parágrafo acima), passar por cima dos outros, o sofrimento, a guerra, a fome... Nada disto é diversão. No entanto, pode-se fazer uma boa piada com tudo isto! E, para isso, é preciso ser-se muito inteligente para se conseguir distinguir o fazer uma boa piada com o gozar ou divertir-se com... E agora tiro o chapéu a todos os humoristas que o conseguem fazer. Eu adoro sarcasmo e ironia, para mim é do melhor que o humor tem, mas o sarcasmo e a ironia são uma arte que junta o fazer humor com o respeito, e isso, meus amigos, nem todos conseguem. Isto faz-me lembrar as pessoas que apregoam que não se pode gozar com o cancro, por exemplo. Claro que se pode! Pode-se, deve-se e pode ser uma forma poderosíssima de ajudar quem padece desta maleita. O que não se pode, na minha opinião, é gozar com quem tem cancro, com quem sofre, com o seu sofrimento de forma directa e pessoal. Há aqui uma diferença enorme.
2. Há uma coisa que para mim não é diversão, não é cultura, não é arte, não é nada mais do que crueldade e sofrimento, as touradas! Não consigo compreender como nos dias de hoje, em pleno séc. XXI, ainda haja quem se diverte a ver o sofrimento de um animal. Aqui, para mim, só existe esta questão. Nada contra a cultura, a arte, o que for, tudo contra o sofrimento de um ser senciente, como são o touro e os cavalos.
E podem para já por aqui, o facto de eu me preocupar e de me angustiar o sofrimento dos animais não quer dizer que não me preocupo e não me angustia o sofrimento dos humanos, estamos de acordo? Pronto, muito bem! A malta tem um cérebro que, segundo consta, é infinito até à morte, cabem lá montes de causas, bale?
2. O sofrimento de qualquer animal, para mim não é diversão. Ir ao circo ver o urso a andar de bicicleta, o leão a passar numa argola de fogo, o cavalo a andar sobre duas patas... Não, não é divertido! É humilhante, é degradante, não só para os animais como para os humanos que acham aquilo normal e giro... É aquele momento em que são transportados para o século XVIII e grunhem e aplaudem o anormal, a humilhação... Não é digno! A ciência evoluiu muito, já sabemos que os animais sentem, têm emoções, têm medo, frio, fome, ansiedade, para quê submetê-los a tamanho sofrimento? Um leão deve viver na savana, livre, com quilómetros para correr, caçar, não num circo, numa jaula, a servir de palhaço a humanos que se dizem civilizados...
Podem parar já!... Os que vêm para aqui dizer que coiso, que os animais são bem tratados... Uma porra é que são! Eu posso não bater no ser humano que coabita comigo, posso até alimentá-lo mas se o estou a obrigar a viver aqui fechado em casa, sem direitos, a servir de escravo não estou a tratar bem. estão a ver a coisa? Não é porque vocês ainda não conseguiram ver para lá dos vossos egos e acharem graça aos animais a servirem-vos de palhaços que isso passa a ser uma actividade aceite e louvável.
E não, as crianças não ficam traumatizadas se não forem a um circo com animais. As minhas nunca foram, não querem ir e não entendem quem vai. São felizes, vão ao cinema, ao teatro, vêem programas de animais na televisão que lhes explicam quem são, como vivem e como podemos fazer tanto para os ajudar.
Pronto, é isto!
Sei que a partir de agora ganhei inimigos e que as 3 pessoas que liam aqui o meu blogue vão embora para não mais voltar.... É mentira! Eu sei que sois boas pessoas e que mesmo que não concordeis comigo aceitais a diferença de pensamento!
Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Gorduchita, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano