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A Marquesa de Marvila

Aqui não se aprende nada... Lêem-se coisas escritas por mim, parvoíces na maioria das vezes mas sempre, sempre verdades absolutas (pelo menos para mim).

Há vidas à vossa espera

A vida prega-nos partidas sérias, daquelas que nunca estamos à espera, daquelas que não desejamos a ninguém, daquelas que pensamos só acontecer longe, muito longe e a pessoas desconhecidas.


A vida pregou uma partida à m-M, partida é uma forma de falar, a vida foi sacana com a irmã da m-M e, como consequência, com a própria m-M. Já vos tinha falado deste tema, não faço ideia se surtiu efeito, se de alguma forma alguém (uma pessoa já seria incrível) saiu do sofá e foi fazer algo por alguém que precisa muito... só sei que não posso deixar de vos falar de novo no tema.

Tenho pensado muito na m-M, na sua irmã, nos seus sobrinhos, nos seus pais, nos seus amigos... sim! A irmã da m-M tem dois filhos que precisam de ter a sua mãe consigo, que precisam do seu colo, do seu amor, do seu amparo enquanto crescem. A irmã da m-M tem apenas 38 anos. Aos 38 anos ainda não se viveu nada, ou viveu-se muito pouco.

Sabem quando estamos no sofá a ver o telejornal e reclamamos com a guerra na Síria, pensamos nas pessoas que morrem e revoltamo-nos por os governos nada fazerem?... Quando no mesmo telejornal se anuncia um aumento de impostos e nós impotentes reclamamos, vociferamos e sentimo-nos de mãos e pés atados?... aquela sensação de que nada podemos fazer?... de que nada está nas nossas mãos?... de que a nossa vida está nas mãos dos outros?...

Pois desta vez é o contrário! Desta vez vocês podem fazer tudo! e desta vez a vida da irmã da m-M está nas vossas mãos. Lembre-se, ela só tem 38 anos, ela tem 2 filhos que precisam dela, uma irmã, uma família, amigos e uma vida pela frente se vocês se dispuserem a ajudar. Não custa nada! Basta dirigirem-se a um centro de recolha (estão espalhados por todo o país. Quem vive no estrangeiro também o pode fazer), é-vos feita uma pequena recolha de sangue e já está!

Para serem dadores de medula basta abrirem este link, verem se estão dentro dos requisitos (nem toda a gente pode doar medula. Eu não posso, por exemplo, devido à minha doença auto-imune. Mas tenho muita pena e até cheguei a ir a um dos centros de recolha para confirmar se não podia mesmo.). Vocês podem salvar uma vida, caramba! Estão à espera de quê, mesmo? A vida da irmã da m-M está nas vossas mãos, e se não for para ela, muitas outras vidas estão suspensas a aguardar que alguém faça algo por elas, e esse alguém são vocês. Não esperem que os outros façam algo que, desta vez, vocês podem fazer.

Quem não puder ser dador, pelo menos divulgue, chateie quem pode ser para que o seja, mas façam parte da vida de quem a tem suspensa. Larguem o comando e parem de reclamar que os "outros nada fazem"... Façam vocês!

Há vidas à vossa espera!

Esta é uma história de uma doença... que todos podem ajudar a mudar!

Não se trata de solidariedade, mas sim de humanidade, não se trata de amizade, até porque não conheço a m-M pessoalmente, trata-se de empatia (que é uma forma de nos colocarmos no lugar do outro).

Na semana passada, através do blog da Joana, fiquei a saber da história da irmã da m-M... podia ser a minha história, da minha irmã, a vossa história, da vossa irmã, irmão, mãe, pai, filha, filho. No entanto, é a história de uma pessoa que não conheço, tal como não conheço nenhum de vós, nem os vossos irmãos, mães, pais, filhas ou filhos, e por isso podia apenas ter lido o texto e ter passado à frente, até porque há tanta coisa gira para fazer na net, até porque não conheço a pessoa em questão, até porque estas coisas só acontecem aos outros.

Acontece que nos esquecemos frequentemente que os "outros" são um de nós, que os "outros" um dia também pensaram assim. Que esta seria uma história que não lhes diria respeito até ao dia em que lhes bateram à porta e, mesmo sem pedir licença, a doença entrou. Assim, sem cerimónias, chegou traçou a perna, sentou-se no sofá, pegou no comando da tv, nos livros para ler, nos filmes para ver, nas viagens por fazer, nas brincadeiras por ter e nas palavras por dizer e vociferou: Isto é tudo meu!

Agora cabe-nos a nós dar-lhe uma ordem de despejo. A nós?... sim! A nós! A todos nós! Cada um de nós individualmente pode ajudar. Não só a irmã da m-M, como todas as irmãs e irmãos, mães e pais, filhas e filhos do mundo a correr com estas doenças de sua casa. De uma casa que lhes pertence por direito e onde não cabem intrusos destes.

Doar medula óssea não custa. Basta uma amostra de sangue. Nem todos o podemos fazer, podem ver aqui quais as condições para se ser dador. Eu, infelizmente, não posso doar medula. Já tentei fazê-lo, já me dirigi ao local para o fazer, mas não posso. Tenho uma doença auto-imune que me impede. Mas não me impede de vos fazer este apelo. Não é só a irmã da m-M quem precisa da vossa ajuda, há milhares de pessoas a precisarem de vocês. Façam a diferença na vida de alguém... a diferença entre viver e morrer. Não gostamos de utilizar esta palavra, mas não existe outra que a substitua.

Façam com que não seja necessário voltar a fazer estes apelos, no dia em que forem vocês ou um dos vossos a precisar!

Se não podem ser dadores, façam o apelo, levem a que um amigo, um familiar o seja... há demasiada gente a depender de vós!

Um abraço e um enorme bem-haja!